A ação do cloreto nas estruturas de concreto em cidades litorâneas vem sendo foco de pesquisa dada sua importância no contexto da garantia de durabilidade. Tem sido estudado tanto os mecanismos de produção do íon cloreto, sua deposição sobre a superfície do concreto e consequentemente sua ação patológica. A partir daí, diversas normas indicam medidas de proteção a serem especificadas pelos projetistas, minimizando a percolação desse íon através da camada de cobrimento do concreto. Apesar da atual norma brasileira para projeto de estrutura em concreto5 indicar classes de agressividade ambiental às estruturas de concreto em região costeira, não correlaciona a nenhum teor ou taxa de deposição de cloreto, deixando clara a existência de uma lacuna normativa. Este trabalho se propõe a efetuar uma pesquisa bibliográfica quanto à produção do íon cloreto, seus mecanismos de transporte e deposição na superfície das estruturas de concreto; um estudo experimental de campo e laboratorial, captando o cloreto em pontos dispostos na cidade de Maceió, desde a orla até os tabuleiros6. Para quantificar o teor do íon utilizou-se o método de Mohr7. Observou-se um aumento nas taxas de deposição de cloreto em pontos situados à beira mar, e uma diminuída à medida que adentra ao continente, tendo sido detectado o cloreto além de 14 km da costa. Através desses resultados foi avaliada a perspectiva de vida útil das estruturas de concreto, face ao ataque por cloretos, para as estruturas situadas em cada ponto de coleta, utilizando-se diversas especificações normativas8. Os resultados mostram que obtem-se um significativo ganho de vida útil utilizando-se os critérios da norma americana para estruturas situadas na zona de respingo de maré, enquanto que a norma brasileira é a que apresenta menor projeção dessa vida útil em regiões marinhas.