INFORME CHC: Vida Útil de Estruturas será um Instituto Jurídico?

Nas nossas normas ABNT, o conceito de VIDA ÚTIL DAS ESTRUTURAS acaba com o início da corrosão (despassivação). Lá, na Austrália, são mais bonzinhos, admitem até um tempo posterior razoável de propagação da corrosão.

No nosso país, o panorama jurídico do conceito de VIDA ÚTIL DAS ESTRUTURAS simpatiza com a doutrina da Teoria de Vida Útil dos Bens Duráveis.

Perspectiva: VIDA ÚTIL DAS ESTRUTURAS = UM INSTITUTO JURÍDICO (?) Conclusão: monitorar a corrosão é dever de casa na gestão da manutenção.

INFORME CHC: RAA –EDIFÍCO EM ARACAJU –BLOCO DE FUNDAÇÃO PARA UM PILAR DE 450t, COM MANIFESTAÇÃO PATOLÓGICA DESCOBERTA POR ACASO EM 2012.

Prof. Dr. Carlos Henrique de Carvalho – Disciplina Patologia das Construções/Eng. Civil/IFS

FORAM ABERTOS TODOS OS BLOCOS E APENAS EM UM DELES A REAÇÃO ESTAVA FORTEMENTE PRESENTE. NA ANAMNESE DOS PROJETOS E CONTROLES DE QUALIDADE IDENTIFICAMOS A ORÍGEM DO AGREGADO GRAÚDO UTILIZADO. OS ENSAIOS DE EXPANSÃO COM CORPOS DE PROVA EXTRAÍDOS CONFIRMARAM O NEXO CAUSAL RAA, FACE VALORES MUITO ELEVADOS. HISTÓRICO DA ANÁLISE DO POSSÍVEL USO DESTE AGREGADO EM OBRAS DE AMPLIAÇÃO DE PONTES EM SERGIPE RATIFICARAM MAIS AINDA O RESULTADO.

Norma Europeia EN1504 para Sistemas de Recuperação e Proteção de Estruturas de Concreto

Norma Europeia EN 1504
Considerações Preliminares da apresentação
Prof. Eng. Civil Carlos Henrique de Carvalho

•No Brasil ainda não dispomos adequadamente de normas técnicas relativas aos sistemas de Recuperação e Proteção de Estruturas de Concreto;

•Também, ainda, não dispomos de normas para os projetos de recuperação e reforço de estruturas, muito embora as teorias normativas existentes   apresentem condições de conceber soluções, porém, existe uma enorme experiência acumulada de soluções mais adequadas, técnicas/econômicas, nas normas europeias existentes há muitos anos, inclusive nos aspectos de segurança aos novos usos;

•Nossos trabalhos de recuperações, reforços, retrofits de obras idosas etc. seguem o ânimo competente do projetista estrutural convencional que conhece bastante as propriedades mecânicas e térmicas dos concretos novos, mas pouco conhece das propriedades químicas, eletroquímicas etc., enfim, da ciência e engenharia dos materiais, particularmente, da engenharia de corrosão, sempre presente nas obras geriátricas e um dos maiores vilões da nova vida útil a ser juridicamente demandada;

ELABORAÇÃO DE GUIA DE INSPEÇÃO PARA RESERVATÓRIOS ELEVADOS DE CONCRETO ARMADO

ALUNA: GABRIELLY SANTOS NASCIMENTO EMIDIO

O trabalho objetivou elaborar um guia de inspeção para reservatórios elevados em concreto armado, identificando todas as manifestações patológicas, além do grau de prioridade. Para essa identificação, utilizaou-se a matriz GUT, que avalia o grau de Gravidade, Urgência e Tendência. Apresenta a priori um levantamento sobre inspeção predial e todos os fatores que a permeiam, desde o grau de inspeção até os fatores que afetam a durabilidade de uma estrutura. A posteriori foi elaborado o guia de inspeção e aplicado em estudo de caso em um reservatório situado na municipio de São Cristóvão/SE. Os resultados mostram a eficiência do GUT em inspeções além de mostrar a eficácia do check list elaborado.

DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO DE APLICAÇÃO MOBILE PARA ESTIMATIVA IN SITU DA VIDA ÚTIL DE COMPONENTES EM CONCRETO ARMADO FACE CORROSÃO INDUZIDA POR CLORETOS, VIA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

LOPES, Francisco Luiz Campos. Desenvolvimento de protótipo de aplicação mobile para estimativa in situ da vida útil de componentes em concreto armado face corrosão induzida por cloretos, via ensaios não destrutivos. NN. Monografia (Bacharelado em Engenharia Civil) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe – Campus Aracaju. 2022.

A corrosão é a manifestação patológica que mais afeta e onera estruturas de concreto armado. Na presença de cloretos, a corrosão desenvolve-se através da ação danosa dos íons cloretos nas superfícies dos aços das estruturas de concreto armado, sendo um processo agressivo rápido, autossustentável e de redução efetiva das seções das armaduras da estrutura. Portanto, demanda, imperiosamente, ações na fase da gestão da concepção com projetos de durabilidade, ações competentes na fase de gestão da produção e, de forma eficiente, ações na gestão da manutenção com o monitoramento ao longo da vida útil para a garantia do pleno desempenho com segurança e economia. Nesse contexto, o presente estudo monográfico objetivou o desenvolvimento de um protótipo de aplicação mobile, prático e rápido, via modelos de previsão consolidados no meio científico, visando estimar a vida útil de componentes estruturais do compósito concreto armado diante da ação agressiva deletéria dos íons cloretos, subsidiado pelo uso dos ensaios não destrutivo, viabilizando uma boa portabilidade no campo. O protótipo foi validado através de estudos consagrados no meio científico e tecnológico pertinentes ao tema e em estudos de caso em campo. Esta ferramenta desenvolvida possibilitou a obtenção da estimativa segura da vida útil de uma estrutura de concreto armado agredida por cloretos, via inferência do coeficiente de difusividade iônica desses íons, da resistência mecânica à compressão dos compósitos e do cálculo das probabilidades de despassivação dos aços imersos no concreto ao longo do tempo, de forma eficiente, com o apoio de ensaios não destrutivos à estrutura.

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA, CUSTO E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DA RECICLAGEM EM RECUPERAÇÃO DE MALHAS ASFÁLTICAS SERGIPANAS

NASCIMENTO, Bianca Maria Macedo. Análise da Eficiência, Custo e Sustentabilidade Ambiental da Reciclagem em Recuperação das Malhas Asfálticas Sergipanas. 62 f. Monografia (Bacharelado em Engenharia Civil) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe – Campus Aracaju. 2022.

O artigo discorre sobre o procedimento de reciclagem em recuperação de malha asfáltica de rodovias estaduais sergipanas, evidenciando uma análise comparativa como método convencional de recuperação em pavimento asfáltico urbano e tem por objetivo analisar a eficiência, o custo e a sustentabilidade holística desse procedimento. O trabalho foi desenvolvido mediante pesquisa bibliográfica e coleta de dados em órgãos públicos, sendo esses estadual (Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe – DER/SE) e municipal (Empresa Municipal de Obras e Urbanização – EMURB). Os resultados obtidos na análise da conformidade dos ensaios com relação as normativas do DNIT, evidenciaram que o pavimento reciclado assegura a qualidade, tal como o método convencional, demonstrando até mesmo, nesse caso, que o pavimento reciclado apresentou distribuição granulométrica mais adequada, como também, comprovou que a sua aplicação possibilita a catalização financeira e a sustentabilidade ambiental. Dessa forma, é possível concluir que os objetivos do presente trabalho foram atingidos, já que o pavimento rodoviário reciclado constatou ser eficiente, econômico e sustentável.

INFORME CHC: JUSTIFICATIVAS TÉCNICAS/JURÍDICAS À CRIAÇÃO DA RESIDÊNCIA TECNOLÓGICA EM GERIATRIA NAS ESTRUTURAS PREDIAIS E OBRAS D´ARTE IDOSAS

Autor: Prof. Dr. Eng. Civil CARLOS HENRIQUE DE CARVALHO

Julguei pertinente apresentar, inicialmente, conceitos da área médica que nos inspiram na Engenharia Civil. Assim como PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES, a GERIATRIA seria um deles, evidentemente, aplicado somente às obras consideradas idosas.

A GERIATRIA é o ramo da Medicina encarregado de estudar, tratar doenças e condições que estão relacionadas diretamente ao envelhecimento. É uma especialidade médica que se integra à GERONTOLOGIA, campo científico e profissional que se dedica às questões multidimensionais do envelhecimento e da velhice.

A GERONTOLOGIA trata da ciência do envelhecimento em diversos aspectos interdisciplinares inclusive político-sociais, enquanto a GERIATRIA se limita ao estudo médico das doenças da velhice e seus tratamentos.

A GERONTOLOGIA está para a ciência PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES, assim como a GERIATRIA está para a prática das Manifestações Patológicas construtivas.

Em suma, GERIATRA é o médico que se especializa no cuidado das pessoas idosas.

Quais as justificativas para parodiar esses conceitos para nossa Engenharia Civil?