Usualmente as estruturas localizadas em ambientes de atmosfera marinha, em comparação com outras construídas em localidades mais distantes do mar, deterioram-se mais rapidamente devido à grande influência de íons cloreto, os quais, em conjunto com as características climatológicas, podem vir a causar corrosão de armaduras e danos irreversíveis a uma estrutura de concreto armado. Este trabalho tem o objetivo de avaliar o teor da deposição de íons cloreto na Praia do Futuro, em Fortaleza-CE, em relação à distância ao mar, empregando o método da vela úmida e a análise das características climatológicas do ambiente. Como resultados, observou-se um decréscimo do teor de íons cloreto à medida que vai se distanciando do mar, situação influenciada pela precipitação e pelo vento da região. Conclui-se que a deposição de cloretos segue uma função exponencial e que, nos primeiros 100 metros, o teor de íons cloreto é bastante alto (484,35 mg/m².d), diminuindo gradualmente até os 500 metros, distância na qual a concentração vai decaindo mais suavemente. Além disso, em comparativo com outras capitais brasileiras, verificou-se que Fortaleza é a mais agressiva em relação ao teor de íons cloreto presentes no ar atmosférico.