Inspeção de estruturas de concreto armado em ambientes agressivos

A durabilidade do concreto é um tema em evidência na construção civil, este conceito está relacionado diretamente a exposição da estrutura aos agentes agressivos do meio ambiente. O ambiente marinho é fortemente agressivo ao concreto, principalmente pelo ataque dos íons cloreto, que agridem a camada passivante responsável pela proteção das armaduras. O ambiente urbano mostra-se igualmente agressivo, o ingresso do dióxido de carbono (CO2) concorre para a formação do carbonato de cálcio, diminuindo o pH do concreto e despassivando as armaduras. Os dois tipos de ambiente abrem caminho para despassivação das armaduras do concreto, e consequentemente para o processo de corrosão das armaduras, responsável por diminuir a durabilidade das obras e consumir boa parte dos recursos empregados na recuperação de estruturas. O presente trabalho pretendeu analisar e identificar as principais manifestações patológicas dos pilares do Armazém 6 construído em 1984 e localizado no Porto do Recife. Para realização deste diagnóstico foram realizados inspeção preliminar, ensaios de campo: avaliação da dureza superficial, profundidade de carbonatação e aspersão de solução de nitrato de prata; e de laboratório: teor de cloretos em relação à massa do concreto. Para tanto a edificação foi subdividida em fachadas, com vistas a identificar se as diferentes condições de exposição eram relevantes no que concerne a durabilidade. Os resultados apontam para diferenças consideráveis de estado de conservação entre as fachadas e ainda, indicam que a existência de qualquer anteparo que proteja a estrutura é relevante no aumento da sua vida útil. O estudo propõe tal qual existe em normas internacionais, que as normas brasileiras definam critérios específicos de durabilidade para estruturas envoltas em zonas de atmosfera marinha.

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Inspeção de estruturas de concreto armado

A resistência à compressão é a propriedade do concreto adotada por ocasião do dimensionamento da estrutura. Portanto, está diretamente ligada à segurança e estabilidade estrutural. HELENE [1]. Além da resistência a compressão, a resistência mecânica e índice de vazios nos concretos são também propriedades fundamentais para o desempenho pleno na vida útil e durabilidade das estruturas. Segundo EVANGELISTA [2], comumente são feitos ensaios de resistência à compressão aos 28 (vinte e oito) dias em corpos-de-prova cilíndricos para verificar se o concreto está coerente com o especificado em projeto. Esses cilindros são retirados do mesmo concreto, ainda no estado fresco, e moldados no local da construção. São encaminhados para laboratório especializado em ensaios de resistência à compressão e outras propriedades. Porém, caso haja a necessidade de analisar a situação em obra acabada, a retirada dos corpos-de-prova provoca danos ao componente requerendo reparos localizados na estrutura. Tem-se verificado uma vasta aplicação dos ensaios in sito em diversos países, assim como um grande número de pesquisas nessa área, visando a obtenção de resultados mais confiáveis nas investigações das propriedades do concreto das estruturas [2]. Logo, existindo a possibilidade de se analisar a resistência mecânica e a qualidade de produção do concreto por meio de ensaios não destrutivos (ENDs), fomentar-se-iam ganhos financeiros e técnicos, em tempo e praticidade, tendo em vista que não haveria a necessidade de realizar reparos e os ensaios poderiam simultaneamente monitorar essas características durante e/ou logo após a sua execução.

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Inspeção de estruturas de concreto armado e protendido

Os raios gama podem ser usados para examinar o interior das estruturas de betão com fidelidade fotográfica e precisão superior àquela que pode ser obtida com outras técnicas de inspecção não destrutiva utilizadas no domínio da engenharia civil, tais como os ultra-sons, o radar de prospecção geotécnica, entre outros. A aplicação de raios gama na inspecção de estruturas de betão é conhecida há já alguns anos [1-4]. No entanto, a sua aplicação tem sido limitada devido à inexistência de uma tecnologia prática e competitiva. Actualmente, a disponibilidade de meios computacionais e ferramentas de digitalização cada vez mais poderosos tem vindo a tornar possível o desenvolvimento de métodos que permitem explorar a utilização da radiação gama na determinação de posições, diâmetros e estado de corrosão de armaduras, detecção e medição de vazios em bainhas de pré-esforço, e na inspecção do interior dos mais diversos materiais estruturais, com elevada precisão e a baixo custo.
O desenvolvimento da técnica de Tomografia de Betão Armado (TBA) pela THASA foi motivado pelo trágico colapso de uma varanda, causando a morte de várias pessoas e realçando a necessidade de um método eficaz para a caracterização da posição e do estado das armaduras em elementos estruturais. Nos últimos anos a TBA tem vindo a ser utilizada na inspecção de vigas, pilares, lajes e outros elementos estruturais de edifícios públicos e privados, edifícios industriais, cofres bancários, monumentos, pontes, estacas submersas, bainhas em elementos pós-tensionados.

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Inspeção de estruturas de concreto armado

O concreto armado é sem dúvida o material de engenharia mais aplicado no mundo. Contudo, o surgimento de fissuras e demais manifestações patológicas tende a resultar no comprometimento da sua vida útil de projeto e, consequente, prejuízos para a sustentabilidade dos empreendimentos. Muitos esforços têm sido despendidos para melhorar esta relação custo x processo x materiais x integridade, contudo, o sistema ainda carece de confiabilidade. Neste sentido, em 2013 entrou em vigor a norma ABNT NBR 15575, a qual trata da manutenção e garantia de desempenho das edificações residenciais. Esta norma tem demandado o desenvolvimento de novas tecnologias de fabricação, inspeção e monitoramento, tornando-se imperiosa a aproximação dos profissionais da construção civil aos especialistas em tecnologia de materiais. Neste trabalho, foram usinados entalhes com profundidades pré-determinadas e testadas diferentes metodologias de determinação da profundidade de fissuras através da técnica não destrutiva ultrassônica. Os resultados mostraram a grande aplicabilidade da técnica e serviram de base para o desenvolvimento de atividades cooperativas visando implementação de um grupo de Engenharia e Manutenção no Hospital Universitário de Sergipe.

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